A cidade-estado grega de Esparta, por volta do século V a.C., era uma sociedade na qual a democracia não era uma prática. A retórica e a cultura, tão bem cultuadas na vizinha cidade-estado de Atenas, passavam longe das preocupações de Esparta. Dominados por uma rígida cultura da guerra, os espartanos tinham grande preocupação com a segurança das comunicações militares. Isto impulsionou várias formas de codificar mensagens, sendo o “Scytale espartano” ou “Bastão de Licurgo” o exemplo mais notável desta época. Veja a Figura 1:
Para que o interceptador tenha sucesso não basta apenas acessar a mensagem, é preciso descobrir o algoritmo e a chave.
A técnica do Scytale foi descrita por Plutarco, ensaísta e biógrafo grego, em 90 d.C., no livro “Vidas de Homens Ilustres”. Era um bastão de madeira ao redor do qual enrolava-se firmemente, em forma de espiral, uma tira, de couro ou papiro, longa e estreita. O remetente escrevia a mensagem de modo vertical, em colunas, ao longo do bastão e depois desenrolava a tira, que se convertia em uma sequência de letras sem sentido. O mensageiro usava a tira como cinto, com as letras voltadas para dentro. O destinatário, ao receber o “cinto”, enrolava-o em seu bastão, cujo diâmetro e comprimento eram iguais ao do bastão do remetente. Desta forma, podia ler a mensagem.
Fonte: UFF/Exercito Brasileiro.
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